Samhain - O fim e o início de um Ano Novo
Hemisfério Norte: 31 de Outubro – Hemisfério Sul: 1º de Maio
Em Samhain,o Festival do retorno da Morte,os portões dos mundos se abrem e a Deusa transforma-se na Velha Sábia,a Senhora do Caldeirão,e o Deus é o Rei da Morte que guia as almas perdidas através dos dias escuros de Inverno. – Mito da Roda do Ano na Religião Antiga.
Este é o mais importante de todos os Festivais, pois, dentro do círculo, Samhain (pronuncia-se SOUEN) marca tanto o fim quanto o início de um novo ano. Nessa noite, o véu entre o nosso mundo e o mundo dos mortos se torna mais tênue, sendo o tempo ideal para nos comunicarmos com os que já partiram.
… E o ano chega ao final! Nossos últimos alimentos são colhidos após o equinócio de outono, marcando o início dos meses em que viveremos com o que conseguimos estocar. Os alimentos fornecidos pela Grande Deusa devem agora alimentar seus filhos famintos e nutrir o Deus em sua caminhada pelo “outro mundo”. O raio do trovão que atingiu o carvalho e fecundou a terra é a promessa do retorno do Deus através daquela que um dia foi sua amante, mas que agora será sua mãe: a Deusa. E assim o ciclo de vida, morte e renascimento volta a estabelecer o equilíbrio a Roda do Ano.
A Roda do Ano na Religião antiga na verdade é um ciclo que não tem começo nem fim, mas Samhaim é considerado tradicionalmente o Ano Novo na Religião Antiga, pela sua simbologia de morte e suspensão do véu entre os mundos.
Na verdade, mesmo os mitos celtas giram em torno do que acontece na natureza. Inverno, primavera, verão e outono representam, na verdade, nascimento, crescimento, decadência e morte, e a roda gira continuamente.
Samhain , festejado em 31 de outubro no hemisfério Norte e em 1º de maio no hemisfério Sul, é o Ano-Novo das Bruxos. Esse dia sagrado é conhecido por inúmeros nomes. Para muitos, talvez, o mais conhecido seja Halloween. Para nós, Bruxos, é a festa na qual honramos nossos ancestrais e aqueles que já tenham partido para o País de Verão, para o “Outro Mundo”.
O “Outro Mundo” celta, também conhecido como o Abismo, é um lugar entre os Mundos; uma mistura de paraíso e atormentações. É o lugar no qual todos buscamos respostas para nossas perguntas mais íntimas, onde a fantasia se mistura à realidade e o consciente ao inconsciente. O Abismo é o local onde os heróis são levados para que possam confrontar seus maiores inimigos: seus próprios fantasmas. Somente vencendo esses fantasmas, que nada mais são que seus medos, preconceitos e angústias, eles poderão retornar como verdadeiros heróis.
É o mais importante de todos os Festivais, pois, dentro do círculo, marca tanto o fim quanto o início de um novo ano. Nessa noite, o véu entre o nosso mundo e o mundo dos mortos se torna mais tênue, sendo o tempo ideal para nos comunicarmos com os que já partiram.
Esta é a simbologia do Santo Graal; uma busca interior de algo que queremos erroneamente materializar neste mundo. Somente os cavaleiros que ousarem atravessar os portais do “Outro Mundo” e vencerem a si próprios serão contemplados com a plenitude do Graal.
Samhain significa “Sem Luz”, pois, nessa noite, o Deus Cornudo se sacrifica para se tornar a semente de próprio renascimento em Yule . É quando os pastores recolhem o gado e o povo recolhe-se em casa, fugindo da época mais escura do inverno.
O Deus morreu e o mundo mergulha na escuridão. A Deusa vai ao Mundo das Sombras em busca do seu amado, que está esperando para nascer. Eles se amam, e, desse amor, a semente da luz espera no Útero da Mãe, para renascer no próximo Solstício de Inverno como a Criança da Promessa. A Roda continua a girar para sempre. Assim, não há motivo para tristezas, pois aqueles que perdemos nessa vida irão renascer, e, um dia, nos encontraremos novamente, nessa jornada infinita de evolução. A data marca o fim do Calendário celta.
A noite de Samhain se encontra no meio exato entre o ano que se vai e o que vem pela frente, e é portanto uma data atemporal. É o famoso Dias das Bruxas.
Ao pôr-do-Sol do dia 31 de Outubro tem início o Samhain (em inglês pronuncia-se SOW-in, SAH-vin ou SAM-hayne, e significa “Fim do Verão”) uma celebração muito especial da 3ª e última colheita agrícola. A metade do ano dominada pelo Inverno e o Ano Novo celta começam neste Sabbath.
Muitas culturas em todo o mundo comemoram o seu Dia dos Mortos nesta data, mas o Samhain da tradição pagã teve origem nos celtas que em tempos habitaram as Ilhas Britânicas. A cultura norte-americana conhece-o por “Halloween”, a Noite das Bruxas, mas é muito mais do que isso: é um momento mágico em que as leis do tempo e de espaço são temporariamente suspensas, pois é levantado o véu que separa os mundos.
Na Europa pré-cristã, esta altura do ano marcava o início dos meses de frio e de pouca fartura. Os rebanhos eram recolhidos a abrigos de Inverno, mas alguns animais eram abatidos para que a sua carne servisse de alimento até à Primavera seguinte. Além da sua importância agrícola, os Celtas encaravam o Samhain como um momento muito espiritual: a meio do período que separa o Equinócio de Outono do Solstício de Inverno, os povos antigos atribuíam-lhe grandes poderes de magia e comunhão com os espíritos. O “véu entre os mundos” dos vivos e dos mortos estava, nesta altura, tão fino quanto possível, pelo que era o momento oportuno para convidar os mortos a regressarem para junto dos seus entes queridos ainda vivos. A reunião era comemorada com uma mesa farta, onde sobravam cadeiras para os “convidados invisíveis”, e executavam-se rituais para apaziguar os espíritos e comunicar com o outro mundo. Outras práticas que encontravam no Samhain um momento propício eram a divinhação e os pedidos de desejos para o ano novo.
São inúmeras as tradições associadas ao Samhain, e que ainda hoje se praticam:
– Oferecer de comida em altares ou degraus, para alimentar os mortos que nessa noite vagueiem entre nós
– Acender velas às janelas, para ajudar a guiar até casa os espíritos dos antepassados.
– Acender fogueiras que vão conter a energia do Deus morto, iluminar a escuridão da noite, afastar o mal, receber a luz do Ano Novo e purificar o espaço ritual ou o lar.
– Enterrar maçãs à beira das estradas para dar algum conforto aos espíritos que se perderam ou que não têm descendentes que olhem por eles.
– Esvaziar e esculpir abóboras, dando-lhes uma cara alegre de espíritos protetores para que velem pelos vivos nesta noite de magia e caos.
– Não viajar nesta noite; vestir de branco, com disfarces ou roupas do sexo oposto, para enganar os pequenos espíritos que andam à solta a pregar partidas.
O Deus-Sol morre, simbolicamente, para voltar a nascer do ventre da Deusa-Mãe no Solstício de Inverno (Yule). Este ciclo perpétuo é essencial à regeneração da terra após as colheitas, e do ser humano, que tem aqui uma boa oportunidade de meditar sobre si mesmo, transformando o velho ego (o Sol que “morre”) num novo ego que incorpora já as experiências vividas no último ano e abandona velhos paradigmas que já não são úteis à evolução da alma.
Este é o tempo de refletir sobre a sua própria mortalidade. Aproveite!
Este festival, Samhain, é chamado de Samonios na Gália. Segundo alguns autores, grande parte da tradição do Halloween, do Dia de Todos-os-Santos e do Dia dos fiéis defuntos pode ser associada ao Samhaim. O Samhaim era a época em que acreditava-se que as almas dos mortos retornavam a casa para visitar os familiares, e para buscar alimento e se aquecerem no fogo da lareira, era a época em que as tribos pagavam tributo se tivessem sido conquistadas por outro povo. Era também a época em que o Sídhe deixava antever o outro mundo. O fé-fiada, o nevoeiro mágico que deixava as pessoas invisíveis, dispersava no Samhain e os elfos podiam ser vistos pelos humanos. A fronteira entre o Outro Mundo e o mundo real desaparecia. Uma das datas do calendário lunar celta de Coligny pode ser associada ao Samhain.
Esta é a primeira e ultima celebração do ano na Religião Antiga pois é quando o ano acaba e começa .
Este é igualmente um dos oito sabbaths com maior relevância, pois é a noite em que o caos primordial retorna para o inicio do novo ano, é por isso a noite em que o mundo dos vivos se mistura com o dos mortos.
Os Celtas não acreditavam em demônios, mas determinadas entidades mágicas eram consideradas hostis para os humanos, seus animais e colheitas. Deste modo muitas pessoas pregavam partidas aos seus vizinhos, desde trocar os gados, por figuras humanoides em locais para assustar, ao qual se tornou muito famosa a Jack o’Lantern ou a famosa abóbora iluminada de Halloween.
Alguns Covens festejam o Samhain na data exata em que nesse ano o sol se encontra aos quinze graus da casa astrológica de escorpião, em detrimento da data tradicional.
A palavra Samhain significa fim de verão e deriva de duas palavras “samh”,verão, e “fuin”, fim. O mês de Novembro é chamado em Irlandês de “La Samnha”.
O poder de magia pode ser sentido no ar, nessa noite. O Outro Mundo se coaduna com o nosso conforme a luz do Sol baixa e o crepúsculo chega. Os espíritos daqueles que já partiram para o outro plano são mais acessíveis durante a noite de Samhain.
Samhain ocorre no pico do Outono. É o tempo do ano em que o frio cresce e a morte vaga pela Terra. O Sol está enfraquecendo cada vez mais rapidamente, a sombra cresce e as folhas das árvores estão caindo, numa preparação ao Inverno que chegará. Essa é a última colheita, o tempo em que os antigos povos da Europa sacrificavam seus gados e preservavam sua carne para o Inverno, pois esses animais não podiam sobreviver em grande escala nesse período do ano devido ao frio vindouro. Só uma pequena parte, os mais viris e fortes, era mantida para o ano seguinte.
Em Samhain, o Deus finalmente morre, mas sua alma vive na criança não-nascida, a centelha de vida no ventre da Deusa. Isto simboliza a morte das plantas e a hibernação dos animais, o Deus torna-se então o Senhor da Morte e das Sombras.
De acordo com os antigos celtas, havia apenas duas divisões do ano que iam de Beltane a Samhain (Verão) e de Samhain a Beltane (Inverno).
Samhain é um dos quatro grandes Sabbaths e muitas vezes é considerado o Grande Sabbath.
Samhain é um tempo para a reflexão, no qual olhamos para o ano mágico que passou e estabelecemos as metas para nossa vida no ano que entra.
Na Religião Antiga usam esse período para refletir no significado e na importância da morte tendo em mente que ela não é um fim, mas uma etapa natural do ciclo de nascimento-morte-renascimento.
Em um sentido mágico, Samhain é um momento para as Bruxas (os) descansarem e reavaliarem sua vida e seus objetivos. Agora é quando queremos nos livrar de qualquer negatividade ou oposição que possa cercar nossas realizações ou prejudicar progressos futuros. Mabon foi a concretização dos nossos desejos, e agora nós precisamos estabilizar e proteger o que ganhamos. Isso é muito importante, uma vez que é impossível se concentrar, quanto mais pôr energia em novos objetivos se o que nós temos não está seguro.
Candlemas, Beltane, Lammas e Samhain são Grandes Sabbaths, enquanto os Solstícios e Equinócios são pequenos Sabbaths.
Ritual dedicado aos ancestrais, à Morrighan, Dagda e Manannán Mac Lir. No Hemisfério Norte celebra-se no dia 31 de outubro.
Na Irlanda antiga, em Samhain todos os anos um novo fogo sagrado era aceso, com o qual se acendiam todos os demais fogos do vilarejo para queimar durante todo o inverno, com o objetivo de levar luz através do tempo escuro do ano.
A comemoração do Ano Novo Celta é um momento misterioso que não pertence nem ao passado, nem ao presente, nem a este mundo e nem ao outro. É o momento da abertura dos portões entre os mundos e o véu que os oculta, se torna mais tênue. Época ideal para acessarmos o Outro Mundo.
Samhain marca também o início de um novo período e um novo recomeço em nossas vidas. Homenageie a memória dos antigos preparando alimentos de sua preferência e contando suas histórias aos seus descendentes. Ao anoitecer, acenda velas nas janelas da frente de sua casa, em sinal de respeito e reverência aos antepassados de sangue, da terra e da tradição.
Os celtas praticavam rituais de purificação, queimando simbolicamente, nas fogueiras ou no caldeirão, todas as suas frustrações e as ansiedades do ano anterior. Este festival é sinônimo de quietude, introspecção e renovação – representada pela união sagrada de Morrighan e Dagda.
Celebrem e vivenciem todas as fases da vida, pois a Roda gira igual para todos, mesmo para aqueles que não estão conectados a ela. O ciclo eterno das transformações…
Onde o fim representa o começo, abençoados pelo Céu, a Terra e o Mar!
Antes do ritual
ERVAS TÍPICAS DO SAMHAIN – HALLOWEEN
Maçãs, Verbena, Abóboras, Sálvia, Palha, Crisântemo, Absinto, Pêra, Avelã, Romã, Grãos, Castanhas e Milho.
COMIDAS TÍPICAS DO SAMHAIN – HALLOWEEN
Beterrabas, Nabos, Milho, Castanhas, Gengibre, Cidra, Vinho Quente e pratos com abóboras e pratos com carne.
Sugestão para ritual:
Sugestão para celebrar Samhain
Correspondências:
– Correlação: celebração do ano novo celta, final e começo de ciclo e dia dos mortos.
– Símbolos: cor preta e laranja, maçãs, romãs, abóbora, nozes e avelãs.
– Incensos: mirra, sálvia, carvalho ou cedro.
– Alimentos: sidra, vinho tinto, chá preto, pães e bolos de frutas.
Rainha das Sombras
No ciclo infindável da árvore de prata,
Da infinita alegria à triste lembrança
Harpa mágica que dedilha a sonata.
Num tempo passado e repassado
Caminha pela estrada da vida,Verde esmeralda, ancestrais do passado.
Gira a Roda sem parar
E festeja a escuridão de Samhain,
Rumo a um novo despertar.
Onde a noite ultrapassa o dia enfim,
Salve, Rainha das Sombras,
Senhora do começo, meio e fim!
(Extraído do livro Brumas do Tempo)
COMEMORANDO O SAMHAIN
Deposite sobre o altar maçãs, romãs, abóboras e outros frutos do fim do outono. Flores outonais como Madressilva e crisântemos também são indicados. Escreva num pedaço de papel um aspecto de sua vida do qual deseja livrar-se, um sentimento negativo ou um hábito ruim, doenças. O caldeirão deve estar presente no altar. Um pequeno prato com o símbolo da roda de oito aros também deve estar presente.
sente-se em silêncio e pense nos amigos e nas pessoas amadas que não mais estão entre nós. Não se desespere. Saiba que partiram para coisas melhores. Tenha firme em mente que o plano físico não é a realidade absoluta, e que a alma jamais morre. Prepare o altar, acenda as velas e o incenso crie o círculo. Invoque a Deusa e o Deus. Erga uma das romãs e com sua recém lavada faca de cabo branco, perfure a casca da fruta. Remova diversas sementes e coloque-as no prato com o desenho da roda.erga seu bastão, volte-se para o altar e diga;
“Nesta noite de Samhain assinalo sua passagem, Ó rei Sol através do poente rumo à Terra da Juventude.
Assinalo também a passagem de todos os que já partiram, E dos que irão posteriormente.
Ó Graciosa Deusa, Eterna Mãe, que dá à Luz os caído, Ensina-me a saber que nos momentos de maior escuridão Surge a mais intensa luz.”
Prove as sementes de romã; parta-as com seus dentes e saboreie seu gosto agridoce. Olhe para o símbolo de oito aros no prato; a roda do ano o ciclo das estações o fim e o início de toda a criação. Acenda um fogo dentro do caldeirão, uma vela serve. Sente-se diante dele, segurando o papel, observando suas chamas e diga:
“Ó Sabia Lua, Deusa da noite estrelada, Criei este fogo dentro de seu caldeirão para transformar o que me vem atormentando.
Que as energias se revertam: Das trevas, luz! Do mal, o bem! Da morte, o nascimento!”
Ateie fogo ao papel com as chamas do caldeirão e jogue-o em seu interior. Enquanto queima, saiba que o mal diminui, reduzindo-se e finalmente o abandonando ao ser consumido pelos fogos universais. Se quiser pode utilizar métodos para adivinhar o futuro e ver o passado. Tente regressar a vidas passada se quiser. Mas deixe os mortos em paz. Honre-os com suas memórias mas não os chame até você. Libere quaisquer dores e sentimentos de perda que possa sentir nas chamas do caldeirão. Trabalhos de magia, se necessários podem-se seguir.
Celebre o banquete Simples. O círculo está desfeito.